Ontem amigas muito queridas vieram me visitar, o que foi um grande presente porque preciso confessar que não estou nos meus melhores momentos.
Fato é que estou no meio de um furacão de transformação que me arrebatou e não me deixa plantar os pés no chão. É uma fase, vai passar em breve, eu realmente sei. Mas viver no meio de um furacão não é das coisas mais agradáveis. Minha saúde tá ruim, minha cabeça desobediente, o corpo quer muito pouco além de se esconder em posição fetal nas cobertas, no vinco do sofá, dentro de si.
O furacão não vai durar pra sempre… respiro. Vou à academia quando consigo, comecei a organizar meu guarda-roupas, faço skincare e tomo banho todos os dias. Pequenos band-aids em buracos de bala que me permitem sobreviver ao dia a dia, ao cansaço do medo e da falta de perspectiva que me apertam como se uma camisa-de-força fossem.
Me forço a levantar a cabeça e olhar pra frente. Pra todos os dias de vida que ganhei pra amar minha mãe com toda a minha força, pra tudo que o amor dela por mim me proporcionou e proporciona. Eu posso estar caída, mas a fortaleza que me abriga não desmoronou. Está de pé, cheia de vida e de vontade de viver. Há mais pra querer que isso?
Tô sim precisando dar uma arrumada na casa, figurativa e literalmente, como bem me informou B., a filha de 7 anos da minha amiga, espantada com tamanha bagunça. Tá tudo meio feio agora, meio doído, meio complicado demais pra ordenar, mas há um tanto sendo feito, há novos projetos, novos textos e novos lares sendo construídos, mesmo no meio do vendaval. O tempo bom me espera e é lá que estou fincando meu alicerce. Porque apesar da dor e da desordem, há esperança e há no futuro uma utopia que me faz caminhar.
Por hoje é isso. Até mais :)